A TAP anunciou uma forte reformulação da sua operação, abandonando a política de crescimento agressivo e de diversificação de mercados e adotando uma de maior contenção e foco nos destinos mais rentáveis. No caso do Sá Carneiro, isso significa pelo menos alterações em 6 dos 17 destinos diretos servidos a partir do Porto: Barcelona, Funchal, Lisboa, Londres, Madrid, Nova Iorque e São Paulo. A esses há que somar Lyon, rota que estava previsto iniciar em aproximadamente um mês, mas que vai ficar na gaveta.
Recorde-se que a transportadora nacional apresentou um prejuízo de 118 milhões de euros em 2018, equivalente a uma margem negativa de quase 4%. Numa altura em que as grandes companhias europeias estão a rever em baixa as suas previsões de lucro, e que os acionistas privados da TAP preparam a abertura do capital à bolsa, uma política comercial mais conservadora parece quase óbvia.
A Ryanair apresentou ontem a sua temporada de Verão 2019 (S19) para Portugal, e como vem sendo habitual, com reforço de destinos no aeroporto do Porto. Para além das ligações a Cagliari, Maraquexe e Sevilha anunciadas para o Inverno 2018 (W18), e que continuarão em S19, somam-se Alicante, Brive e Veneza Treviso. Foram ainda anunciados reforços de frequências para Bruxelas, Dublin, Londres Stansted, Luxemburgo, Malta e Marselha. Segundo Michael O’Leary, com esta operação a Ryanair prevê transportar em 2019 4.2 milhões de passageiros de e para o Porto. Continuar a ler Ryanair apresenta temporada de Verão 2019
A TAP apresentou hoje em conferência de imprensa várias novidades para 2016, fazendo esta página destaque à apresentação da nova estratégia de operação para o Porto e à introdução de um serviço shuttle, denominado Ponte Aérea, entre o Porto e Lisboa.
Relativamente à nova estratégia para o Porto, mantém-se com pequenas alterações a operação intercontinental, reduz-se a operação europeia e aumentam-se os voos para Lisboa através da Ponte Aérea. Terminam as rotas de Barcelona, Bruxelas, Caracas, Milão Malpensa e Roma Fiumicino, reduzem-se outras como Funchal, Genebra, Londres Gatwick, Madrid, Paris Orly, Rio de Janeiro e São Paulo e aumentam Amesterdão, Lisboa e Luxemburgo. Sem entrar numa análise detalhada rota-a-rota, pode-se dizer que acabam as rotas menos densas, com sectores mais longos e sem valor estratégico, mantendo-se aquelas com maior densidade e valor estratégico.
Sobre o serviço Ponte Aérea, terá como mínimo 1 voo cada hora entre as 6 da manhã e as 9 da noite (saídas do Porto às ’30 e de Lisboa à hora certa) e será direccionado tanto aos passageiros em ligação como aos ponto-a-ponto. Para os primeiros, os novos horários permitem reduzir tempos, preços de ligação, e por conseguinte, o incómodo que supõe a troca de avião. Para os segundos, a nova estrutura tarifaria mais leve e sem penalização por sentido, a flexibilidade de poder trocar de voo no próprio dia e as prometidas reduções de tempos no FSC e na Portela, nomeadamente a utilização de canais exclusivos e o facto do passageiro apenas necessitar de chegar ao aeroporto 25min antes do voo, prometem um produto muito interessante e competitivo para o consumidor.
Há muitos anos que se justificava uma reforma da operação da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. As alterações hoje anunciadas, embora pudessem ter ido mais longe, não deixam de ser um passo importante e um reconhecimento dessa mesma realidade. A saída da companhia das 4 rotas europeias mencionadas anteriormente quebrará alguma fragmentação excessiva nessas ligações, deixando a concorrência consolidar a sua oferta e permitindo à TAP focar-se naquelas rotas onde tem mercado e vantagens comparativas. Por sua vez a nova Ponte Aérea permite melhorar muito significativamente a competitividade do Porto para destinos indirectos e estabelecer cada vez mais o avião como meio de transporte viável entre as duas principais áreas metropolitanas portuguesas.
Imagem de computador da “nova” TAP Express. Imagem: TAP Portugal
Na mesma conferência de imprensa em que se comunicou a abertura das rotas de Rennes e Limoges, a notícia principal foi o anúncio da entrada da Ryanair no corredor Porto-Lisboa. A estreia está marcada para o dia 2 de Abril, e numa fase inicial serão disponibilizadas apenas 5 frequências semanais, de Segunda a Sexta. Mais tarde, por volta de Setembro/Outubro, se as coisas correrem bem, a expectativa é que se consiga oferecer vários voos por dia.
Como é do conhecimento geral, as viagens entre as duas principais cidades de Portugal fazem-se maioritariamente com recurso a transportes terrestres, com destaque para o veículo particular e para os comboios IC e Alfa Pendular da CP. Existe também a opção de voar com a TAP entre o Sá Carneiro e a Portela, no entanto estes voos servem principalmente para alimentar o hub da companhia em Lisboa e não são amigos do passageiro ponto a ponto.
Perante este cenário, a Ryanair pretende ir ao encontro de dois tipos de passageiro: aqueles que procuram um serviço mais rápido entre as duas cidades, a um preço “razoável”; e aqueles que se deslocam do Porto à Portela para apanhar um voo sem ligação ao Porto. Aprendendo com a experiência dos voos Porto-Faro e aproveitando as particularidades da base nortenha, a low-cost irlandesa pretende ainda estimular um 3º grupo de passageiros: pessoas com origem/destino Lisboa e que se deslocam ao Sá Carneiro para utilizar voos Ryanair (ou da concorrência).
A aposta da transportadora irlandesa, condicionada pela falta de aviões, acaba por ser excessivamente cautelosa. Os 5 voos semanais supõem apenas um aumento de 11% na capacidade do corredor aéreo, e são uma gota de água quando comparados com a oferta total entre as duas grandes áreas metropolitanas do país. Uma coisa é certa, publicidade nos média nacionais e entusiasmo nas redes sociais não falta…
Os principais concorrentes da Ryanair entre OPO e LIS: a TAP e o Alfa. Dados: CP e OAG (semana de 05 a 11 Maio)
A TAAG vai introduzir já a partir do próximo dia 18 de Janeiro uma 3ª frequência entre o Porto e Luanda, realizada todas as quartas-feiras com equipamento Boeing 777-200ER. A operação será um triangular Luanda-Porto-Lisboa-Luanda, pelo que a TAAG venderá bilhetes Luanda – Lisboa via Porto e Porto – Luanda via Lisboa. Esta escala em Lisboa supõe um aumento de 2h15min do tempo de viagem (passa para 10h15min) comparativamente às 2 frequências directas operadas actualmente, e que se manterão sem escala alguma.
A intenção de introduzir uma terceira frequência semanal, precisamente às quartas-feiras, já tinha sido manifestada pela companhia angolana aquando da apresentação da rota no nosso aeroporto, em Julho deste ano. No entanto esse aumento não era esperado antes do inicio da próxima temporada de verão (S12). Os voos encontram-se carregados apenas até ao final da presente temporada, no entanto não são de descartar alterações de última hora:
Os “triple seven” começam a ganhar espaço no AFSC. Foto tirada por Carlos Seabra
A TAAG transportou com equipamento próprio, desde Julho até ao final do passado mês de Novembro, 14.128passageiros e 533,8 toneladas de carga, números que estão em linha com as previsões iniciais dos responsáveis da transportadora angolana. Virgílio Dolbeth e Costa, delegado da TAAG para Portugal e Espanha, salientou a satisfação com a operação numa entrevista ao Jornal de Angola: “conseguimos conquistar o mercado no norte de Portugal, não só em passageiros, mas também no transporte de carga”.
O Francisco Sá Carneiro passará assim a ser o segundo aeroportoeuropeu em termos de frequências e lugares disponíveis para Luanda. Os bilhetes para ambos os percursos já se encontram disponíveis para reserva no site da TAAG.