A TAP apresentou hoje em conferência de imprensa várias novidades para 2016, fazendo esta página destaque à apresentação da nova estratégia de operação para o Porto e à introdução de um serviço shuttle, denominado Ponte Aérea, entre o Porto e Lisboa.
Relativamente à nova estratégia para o Porto, mantém-se com pequenas alterações a operação intercontinental, reduz-se a operação europeia e aumentam-se os voos para Lisboa através da Ponte Aérea. Terminam as rotas de Barcelona, Bruxelas, Caracas, Milão Malpensa e Roma Fiumicino, reduzem-se outras como Funchal, Genebra, Londres Gatwick, Madrid, Paris Orly, Rio de Janeiro e São Paulo e aumentam Amesterdão, Lisboa e Luxemburgo. Sem entrar numa análise detalhada rota-a-rota, pode-se dizer que acabam as rotas menos densas, com sectores mais longos e sem valor estratégico, mantendo-se aquelas com maior densidade e valor estratégico.
Sobre o serviço Ponte Aérea, terá como mínimo 1 voo cada hora entre as 6 da manhã e as 9 da noite (saídas do Porto às ’30 e de Lisboa à hora certa) e será direccionado tanto aos passageiros em ligação como aos ponto-a-ponto. Para os primeiros, os novos horários permitem reduzir tempos, preços de ligação, e por conseguinte, o incómodo que supõe a troca de avião. Para os segundos, a nova estrutura tarifaria mais leve e sem penalização por sentido, a flexibilidade de poder trocar de voo no próprio dia e as prometidas reduções de tempos no FSC e na Portela, nomeadamente a utilização de canais exclusivos e o facto do passageiro apenas necessitar de chegar ao aeroporto 25min antes do voo, prometem um produto muito interessante e competitivo para o consumidor.
Há muitos anos que se justificava uma reforma da operação da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. As alterações hoje anunciadas, embora pudessem ter ido mais longe, não deixam de ser um passo importante e um reconhecimento dessa mesma realidade. A saída da companhia das 4 rotas europeias mencionadas anteriormente quebrará alguma fragmentação excessiva nessas ligações, deixando a concorrência consolidar a sua oferta e permitindo à TAP focar-se naquelas rotas onde tem mercado e vantagens comparativas. Por sua vez a nova Ponte Aérea permite melhorar muito significativamente a competitividade do Porto para destinos indirectos e estabelecer cada vez mais o avião como meio de transporte viável entre as duas principais áreas metropolitanas portuguesas.
