A easyJet anunciou na semana passada que vai começar a oferecer voos diretos entre o Porto e Bordéus, em França. A operação tem inicio a 16 de Junho de 2019, e contará com duas frequências semanais (6ªf e Domingos) em Airbus 320. Bordéus será o 17º destino direto da easyJet no Porto, sendo o 6º de/para França.
Bordéus não é um destino novo no AFSC. A ligação foi explorada por uma das filiais regionais da Air France na década passada, que mais tarde a abandonou em favor da Ryanair. A companhia irlandesa começou a voar entre as duas cidades em 2010, e desde essa altura sempre se manteve confortável com as 3 frequências semanais que continua a oferecer nos dias de hoje. Uma oferta que se revelava escassa, e que agora é corrigida com a chegada da easyJet, com voos em dias da semana até agora sem ligação direta.
França continua a ser um dos mercados onde a low-cost britânica mais tem alocado recursos e atenção. O Porto, graças à forte procura de/para França, acaba por encaixar muito bem nesse contexto e no próprio modelo de negócio da easyJet, saindo naturalmente beneficiado com mais rotas e frequências. Não por acaso, das 6 ligações diretas Porto-França que a easyJet oferece, 4 tem pelo menos 1 voo diário no Verão, sendo que apenas Bordéus e Nice (inaugurada há apenas 2 meses) não chegam a esse nível.
A Vueling anunciou na 5ªf passada que vai ampliar a sua operação Porto-Paris com 3 voos semanais (2ªf, 4ªf e 6ªf) para o aeroporto de Charles de Gaulle. Os voos tem inicio a 1 de Abril de 2019, e vem complementar a operação diária que a transportadora tem entre o Porto e o aeroporto de Orly, também em Paris. Desta forma, a Vueling passa a ser a única companhia a oferecer serviço direto do Porto para os dois principais aeroportos de Paris.
Presente na rota Porto-Paris desde 2014, a companhia catalã teve sempre alguma dificuldade em crescer e se impor. No seu primeiro ano de operação entrou com 6 frequências semanais entre o Porto e Orly, mas com uma vontade inicial expressa de atingir, a curto prazo, os dois voos diários. Na realidade, o crescimento limitou-se a apenas um voo semanal adicional, até atingir o voo diário, e à introdução de aviões Airbus 321 em substituição dos Airbus 320.
A frequência dos voos e oferta horária é um dos fatores pelos quais os passageiros estão dispostos a pagar extra, pelo que uma oferta competitiva é fundamental, principalmente em corredores de grande volume como este. Sem oferta horária competitiva, quase que só se consegue competir em preço, o que coloca o operador numa situação de desvantagem. Por outro lado, Orly é um aeroporto onde é dificil conseguir novos slots, principalmente a horas de ponta. A nova operação para Charles de Gaulle pode assim considerar-se um compromisso entre as duas variáveis, fortalece a posição competitiva da Vueling através de mais frequências, mas obrigando à utilização de um 2º aeroporto em Paris para contornar o problema dos slots.
A capital francesa mantém-se a principal rota do aeroporto do Porto, com um volume de passageiros a rondar os 1.6 milhões de passageiros em 2018. A Vueling, por sua vez, mantém uma quota de mercado na ligação de apenas 8%, a 2ª mais baixa das 7 companhias regulares que a operam. A nível de aeroportos parisienses, o de Orly continua a cimentar a sua liderança nas ligações ao Porto com 2 de cada 3 passageiros da rota, Charles de Gaulle e Beauvais dividem o restante quase em partes iguais.
Airbus 319 da Vueling. Foto tirada por Roberto Gorini
A Azul anunciou hoje a intenção uma nova ligação direta entre o Porto e o aeroporto de Viracopos, em São Paulo. O inicio da operação está marcado para Junho de 2019, com o primeiro voo a descolar de São Paulo no dia 3 e a chegar ao Porto dia 4. A operação está programada com 3 voos semanais (3ªf, 5ªf e Sábados a partir do Porto), operados em equipamento Airbus 330-200 de 272 lugares e Airbus 330-900neo de 298 lugares. Com esta chegada, o aeroporto do Porto volta a contar com a presença de uma companhia brasiliera, duas décadas depois da antiga Varig ter descontinuado as suas ligações ao Francisco Sá Carneiro, enquanto a Azul terá no Porto o seu 2º destino na Europa.
São Paulo é a principal rota underserved do Porto neste momento. É um destino chave, não só pela importância que a própria cidade tem, mas também pelo seu papel como centro distribuidor para outros destinos no Brasil e na América do Sul. Neste momento, a oferta de voos diretos resume-se aos 2 semanais da TAP, e que são claramente insuficientes para a procura existente. Só a própria companhia portuguesa, segundo dados da própria, transportou em 2017 através da Ponte Aérea mais de 50.000 passageiros com bilhete adquirido no Brasil. A esses haveria que somar os que adquiriram bilhetes em Portugal, com partida do Porto, e os que fazem o trajeto com outras companhias através de escalas noutros aeroportos, como Madrid, Amesterdão ou Frankfurt, e os que usaram os voos diretos. Para referência, em 2017 apenas 1 de cada 20 passageiros em voos diretos Portugal-São Paulo usou um dos voos com origem/destino no Porto.
Para além dos passageiros há também a questão da carga. São Paulo foi, em 2017, o principal destino/origem de carga áerea de/para Portugal com 13.500 toneladas transportadas. Dentro desse total, apenas 5% foram movimentadas em voos diretos entre o Porto e São Paulo, (novamente) uma quota manifestamente baixa quando temos em conta a realidade do país. Por comparação, nos voos para Nova Iorque e Rio de Janeiro esse valor ronda os 10%, e para Luanda quase atinge os 20%. A carga de longo curso é aliás uma das grandes fraquezas do aeroporto, que consegue disputar a liderança da faixa atlântica a nível de carga europeia, mas é eclipsado no longo curso por falta de oferta.
Por sua vez, o aeroporto de Viracopos é o principal hub da Azul, a partir do qual a transportadora serve mais de 60 destinos, principalmente no Brasil. Concretamente, para a rota do Porto, será possivel fazer ligações em ambos os sentidos para cerca de 30 destinos, entre os quais Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis ou Porto Alegre. Do lado do Porto, através da parceria entre a Azul e a TAP, deverá ser possivel fazer ligações a vários destinos Europeus como Madrid, Londres ou Munique, embora apenas Paris e Lisboa devam estar disponíveis como opção em ambos os sentidos.
Com a chegada da Azul, passam a ser 6 os operadores de voos diretos de longo curso a operar no aeroporto Francisco Sá Carneiro. A previsão é que entre todos consigam superar a marca de meio milhão de passageiros de/para o Porto em 2019, uma marca histórica no que respeita a tráfego de longo curso no AFSC.
Promo da Azul, aquando da chegada a Portugal em 2016. Foto: Azul Linhas Aéreas
A companhia espanhola Volotea anunciou a abertura de uma nova ligação direta entre o Porto e Bilbau. O arranque da operação está marcado para o dia 14 de Abril, estando programadas 2 frequências semanais (5ªf e Domingos) em equipamento Airbus 319 de 150 lugares.
Bilbao é uma necessidade antiga do aeroporto, mais concretamente desde o ano 2004, quando a então Portugália decidiu suspender a ligação direta. Desde essa altura, tem aumentado o número de passageiros que fazem a ligação com escala (uns 9.000 em 2017). Inclusivamente, autocarros bascos são visão comum nos parques de estacionamento de alguns hotéis do Porto. O perfil de passageiro potencial é assim um misto de negócios e lazer. Para estes últimos, os horários são ideais para escapadas de fim de semana. Já para os de negócios, o alargamento da cooperação entre a TAP e a Volotea a esta ligação, pode ajudar a suprir as baixas frequências com opções indiretas combináveis num único bilhete.
Esta nova ligação marca também o regresso da Volotea com operações regulares ao Porto, depois de uma passagem curta e com pouco sucesso pelo Francisco Sá Carneiro. Foi logo em 2012, ano em que a companhia iniciou operações, com uma ligação de 2 a 3 frequências semanais para Veneza. Os resultados foram, na altura, pobres, e a companhia abandonou a rota. Agora, com uma maior maturidade operacional e uma rota mais curta mas com grande potencial de passageiros, deseja-se que tenha vindo para ficar.
Esta novidade é mais uma a somar-se à forte correção em alta que o mercado está a fazer no mercado Porto-Espanha. Um movimento que teve inicio este ano, com a afirmação das ligações a Madrid e Barcelona, e que parece ter continuidade em 2019 com mais frequências para Madrid e novas rotas para Alicante, Bilbao e Sevilha. A perspectiva é que o mercado Porto-Espanha consiga fechar este ano com um crescimento a rondar os 25% relativamente ao ano passado, enquanto 2019 caminha a bons passos para um valor mais de 40% superior a 2017. Números muito animadores daquele que é o 3º principal mercado do aeroporto do Porto.
Batismo de um Boeing 717 da Volotea em 2012, aquando da estreia no AFSC. Foto tirada por Fernando Lapa
A Finnair anunciou hoje a abertura de uma nova ligação direta entre o Porto e Helsínquia para a próxima temporada de Verão. Trata-se de uma operação sazonal, entre 21 de Junho e 12 de Agosto, com duas frequências semanais (2ªf e 6ªf) operadas com equipamento Airbus 319 de 138 lugares. Do Porto a Helsínquia o tempo de voo previsto é de 4h20, enquanto no sentido contrário a duração prevista é de 4h30. Os horários estão talhados para o passageiro ponto-a-ponto de city break, principalmente no sentido Finlândia -> Portugal.
Até há muito pouco tempo, a transportadora finlandesa tinha uma presença muito discreta no mercado português, limitada quase em exclusiva aos voos para o Funchal e charters para o Algarve. A situação começou a inverter-se este ano de 2018, com a entrada da companhia em Lisboa. Os resultados dessa operação, bastante acima do esperado, levaram a companhia a oferecer um voo diário anual a partir da capital, e motivaram agora a expansão para o Porto em 2019. Uma táctica seguida por outras companhias no passado recente, como a Aegean, Air Canada Rouge, Sund’Or-El Al ou Wizzair, com resultados muito positivos.
Com a chegada da Finnair, o Porto ganha uma nova ligação à Escandinávia, um mercado dificil e para onde a oferta direta do aeroporto Francisco Sá Carneiro é ainda muito limitada. Uma operação bem sucedida para a Finlândia serviria como exemplo de que vale a pena apostar por este tipo de rotas, ocupando esse espaço que agora é preenchido pelas companhias de rede através dos seus hubs. Uma operação muito bem sucedida poderia ainda ser escalada por forma a aproveitar o potencial de Helsínquia como hub regional e para a Ásia, acrescentando capilaridade para o Báltico, Norte e Leste da Europa, desenvolvendo ainda mais as ligações à Índia e ao Extremo Oriente e reposicionando a rota Porto-Helsínquia no core business da Finnair de hub-and-spoke.
A Ryanair apresentou ontem a sua temporada de Verão 2019 (S19) para Portugal, e como vem sendo habitual, com reforço de destinos no aeroporto do Porto. Para além das ligações a Cagliari, Maraquexe e Sevilha anunciadas para o Inverno 2018 (W18), e que continuarão em S19, somam-se Alicante, Brive e Veneza Treviso. Foram ainda anunciados reforços de frequências para Bruxelas, Dublin, Londres Stansted, Luxemburgo, Malta e Marselha. Segundo Michael O’Leary, com esta operação a Ryanair prevê transportar em 2019 4.2 milhões de passageiros de e para o Porto. Continue a ler Ryanair apresenta temporada de Verão 2019
A Level, companhia low-cost do grupo IAG, anunciou hoje que vai começar a voar entre o Porto e Viena no próximo ano. Os voos diretos para a capital austríaca têm inicio previsto para o dia 1 de Abril, numa operação com dois voos semanais (2ªf e 6ªf) em Airbus 321 de 210 lugares.
A ligação Porto-Viena foi explorada no ano passado pela Eurowings, com resultados bastante animadores. No entanto, a transportadora decidiu focar-se no espaço deixado pela falência da companhia austríaca Niki e abandonou a ligação ao Porto. Curiosamente, a génese da filial austríaca da Level está também relacionada com essa falência, numa operação do Grupo IAG para estabelecer uma presença forte em Viena. A Level terá a seu favor uma estrutura de custos significativamente mais baixa que a Eurowings, dias de operação mais atractivos para short breaks e um plano estratégico a longo prazo, o que deve ajudar a que desta vez a rota se mantenha.
Com o regresso de Viena à lista de destinos diretos, fica novamente coberto um dos maiores buracos na programação europeia do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Que esse regresso tenha sido logo no período de Verão seguinte à retirada da rota demonstra também o otimismo da Level em relação à procura potencial neste corredor.
Um dos quatro Airbus 321 ao serviço da Level. Foto tirada por Matt Varley
Nice será o 16º destino oferecido pela easyJet de forma direta a partir do aeroporto do Porto. O anuncio foi feito hoje por José Lopes, diretor da companhia britânica para Portugal, em nota de imprensa. A ligação terá inicio a 30 de Outubro, e contará com 3 frequências semanais (3ªf, 5ªf e Sábados), operadas com equipamento Airbus 320.
O mercado francês é atualmente o 2º maior da easyJet no Francisco Sá Carneiro, representando aproximadamente 1/3 dos lugares disponibilizados. Uma representatividade que reflete o sucesso da transportadora aérea neste mercado, onde deverá atingir o meio milhão de passageiros em 2018.
Por sua vez, Nice era o principal mercado e aeroporto francês sem ligação direta ao Porto e um dos principais destinos europeus em número de passageiros indiretos a partir do AFSC. O titulo de maior aeroporto francês (excluindo departamentos) passa agora para Montpelier, com um volume de passageiros que é aproximadamente 1/10 de Nice. Ainda assim, as 3 frequências oferecidas pela easyJet entre o Porto e Nice serão ainda poucas quando comparadas com outras ligações Porto-França, embora muitas dessas, como Lyon, Nantes ou Toulouse, tenham começado nestes moldes.
Com esta adição, juntamente com o prolongamento à temporada baixa da recém lançada operação para Zurique, a easyJet prepara-se para disponibilizar 50.000 lugares adicionais comparativamente à temporada de Inverno de 2017 (W17). Recorde-se que a easyJet é atualmente a 3ª maior companhia do aeroporto Francisco Sá Carneiro, devendo fechar o ano com um volume de passageiros ligeiramente superior a 1.8 milhões de passageiros.
Airbus 320 nº 200 da easyJet. Foto tirada por: Gianluca Natalizio
No ano passado fez-se história com a realização de voos charter entre o Japão e Portugal, com 4 operações teste para avaliar a receptividade do mercado. O Porto esteve envolvido numa dessas operações, com um voo direto desde o Sá Carneiro para o aeroporto de Tóquio Narita, operado com um avião Boeing 777-300ER da companhia japonesa All Nippon Airways (ou ANA).
Este ano, o mesmo grupo turístico japonês responsável por esse voo, colocou já à venda a reedição do programa para Setembro 2018. Mantém-se os percursos de 2017 (entre Lisboa e Porto, com paragens intermédias e duração de 10 dias), mas reforça-se a operação com uma nova saída de Tóquio, e uma outra de Osaka. Ou seja, ao charter Tóquio – Lisboa / Porto – Tóquio que operou em 2017 e que se repete, acresce um outro Tóquio – Porto / Lisboa – Tóquio e um Osaka – Porto / Lisboa – Osaka.
Os voos estão programados entre final e Agosto e inicio de Setembro, com aviões Boeing 787-900 da All Nippon Airways (ANA), com 215 lugares em 3 classes (48 em executiva, 21 em económica premium e 146 em económica), sendo portanto mais pequenos que o Boeing 777-300ER fretado no ano passado. Ainda assim, o total a operação de 3 voos deste Verão deve movimentar à volta de 600 passageiros no AFSC, o equivalente a um aumento de 150% relativamente a 2017.
Boeing 777-300ER da ANA à saída do AFSC. Foto tirada por LapaG
No passado mês de Fevereiro, em conferência de imprensa sobre a programação de Inverno da Ryanair para Portugal, Michael O’Leary anunciou que a operação no Porto será novamente reforçada com vista a atingir um movimento de 4.4 milhões de passageiros no AFSC em 2018. Para além da já anunciada ligação direta a Sevilha, o CEO confirmou ainda Cagliari, em Itália, e o regresso de Marraquexe, em Marrocos (operada pela última vez em 2012). Tanto Cagliari como Marraquexe contarão com 2 frequências semanais, que se encontram agora disponíveis para venda no site da Ryanair.
A nível de rotas existentes, foi mencionado que Bolonha, Düsseldorf – Weeze e Lile voltam a operar durante todo o ano, aplicando-se o mesmo às ligações a Malta e Manchester, ainda por estrear. Também foi referido que a ligação ao Luxemburgo passará a efetuar-se diariamente. Nenhum ajuste negativo foi anunciado, algo habitual neste tipo de eventos, embora se saiba que os voos para Frankfurt – Hahn serão descontinuados.
Dois Boeing 737-800 da Ryanair em Charleroi. Foto tirada por Radu Dobrescu
Os voos para Cagliari terão inicio a 29 de Outubro e serão efetuados às 2ªf e 6ªf. Cagliari é o principal aeroporto da ilha italiana da Sardenha, um destino até agora inexistente em voo regular a partir de Portugal. Será o 6º destino italiano da Ryanair a partir do Porto, juntando-se a Bolonha, Milão – Bergamo, Milão – Malpensa, Nápoles e Roma – Ciampino.
Porto – Cagliari
De
A
Frequência
Partida
Chegada
Nº voo
Equipamento
29 Out.
–– – – –
1 – – – 5 – –
06:00
09:30
FR 5860
Boeing 738
–
Cagliari – Porto
De
A
Frequência
Partida
Chegada
Nº voo
Equipamento
29 Out.
– – – – –
1 – – – 5 – –
09:55
11:25
FR 5861
Boeing 738
–
Por sua vez, Marrakexe tem inicio a 28 de Outubro e os voos estão programados às 5ªf e Domingos. Será a segunda vez que a Ryanair opera esta rota a partir do Porto, a primeira foi entre Novembro de 2010 e Março de 2012, também com 2 frequências semanais mas com resultados operacionais muito pobres (ver: Ryanair cancela Marrakexe). O mercado cresceu desde então e as circunstancias também são outras, pelo que faz sentido olhar outra vez para esta rota. Casablanca, atualmente a única ligação entre o AFSC e Marrocos (operada pela Royal Air Maroc), também foi operada no inicio da década com resultados fracos mas regressou recentemente com números muito positivos.