A companhia de bandeira israelita El Al, através da sua marca Sun d’Or, anunciou esta semana uma nova operação entre o Porto e Tel Aviv. Os voos serão operados todas as 4ªf, entre 5 de Julho e 25 de Outubro com equipamento Boeing 737-800 com 189 lugares.
A Sun d’Or é uma marca comercial da El Al e não existe como operador aéreo próprio, sendo os códigos de voo, aviões e tripulações da El Al. É geralmente usada para rotas com carácter de lazer e geralmente em parceria com operadores turísticos israelitas, plano em que estes serviços diretos para o Porto se enquadram perfeitamente.
Com esta chegada, serão 2 as companhias aéreas a explorar o mercado Israel-Porto, uma vez que a Arkia também tem previsto continuar os seus serviços diretos, ainda que com menos voos que em 2016. A oferta total na rota andará na casa dos 10.000 lugares, o que representa um crescimento superior a 60% relativamente ao ano passado.
A Eurowings anunciou uma nova ligação direta a Viena, com inicio a 8 de Abril. A frequência será de 2 voos semanais, às 4ªf e Sábados. Os voos serão operados por aviões da Air Berlim, e inserem-se no acordo desta ultima com a Lufthansa para a transferência de 33 aviões de médio curso da Air Berlim para a Eurowings, em regime de wet lease, durante 6 anos.
Ainda não há muitos detalhes sobre como estes voos vão encaixar na operação global do Grupo Lufthansa no Porto, no entanto, e olhando para o que é a presença atual da companhia em em Viena, é previsível que estes voos carreguem também número de voo OS (Austrian Airlines), o que permitiria combinar estas operações com voos via Bruxelas/Frankfurt/Genebra/Munique/Zurique. Não sendo ideal, esta integração facilitaria muito a vida dos passageiros através de um maior leque de escolhas.
A Eurowings está presente no Francisco Sá Carneiro desde 2015, na altura ainda sob a marca Germanwings, com voos diretos para Düsseldorf. Desta forma, serão 2 os destinos diretos servidos pela companhia a partir do Porto, que com uma oferta de cerca de 40.000 lugares representará aproximadamente 5% da capacidade total do Grupo LH no AFSC em S17.
Airbus 320 da Eurowings. Foto tirada por M. Oswald
A Royal Air Maroc é a última companhia a anunciar o regresso ao Porto, concretamente com voos diretos para Casablanca. A operação arranca a 22 de Junho, terá 3 frequências semanais (2ªf, 5ªf e Domingos) programadas com equipamento Boeing 737-800.
A transportadora aérea marroquina teve uma passagem pouco feliz pelo Porto em 2010/2011, num momento turbulento para a empresa e para a aviação em geral. A operação era praticamente idêntica à apresentada agora, sendo a diferença principal o tipo de equipamento. Na altura a RAM trazia aviões ATR 72-600, que tinham cerca de 1/3 do nº de lugares dos Boeing 737-800, demoravam mais 30 minutos a fazer a ligação e não tinham capacidade para transportar carga. A principal falha dessa operação foi, anda assim, a comercialização, que foi incapaz de aproveitar os fluxos de passageiros indiretos existentes e capta-los para os serviços diretos a Casablanca.
Desde a sua última passagem pelo Porto, a Royal Air Maroc passou por uma forte reestruturação que reduziu fortemente os seus custos operacionais, renovou a rede de destinos e viu a companhia regressar aos lucros operacionais. O mercado Porto-Marrocos também está mais maduro e tem volume suficiente para justificar o voo direto, havendo ainda potencial para transportar pessoas além Casablanca. Resta agora esperar que à segunda seja de vez.
A Air France anunciou hoje que vai recuperar a ligação entre o Porto e o seu hub de Paris Charles de Gaulle, com 3 frequências semanais em equipamento Airbus 32S a partir de 28 de Março de 2017. A última vez que a companhia francesa explorou esta ligação foi em 2006, com uma oferta que oscilava entre 2 e 3 voos diários, também com equipamento Airbus 32S. Esse ano, a ligação a CDG ficou por conta dos 4 diários da Portugalia, enquanto a Air France manteve os voos para Bordéus e introduziu a recém-criada Transavia France a partir do aeroporto de Orly, naquela que foi a 1ª rota da companhia. Mais tarde, a Portugalia foi adquirida pela TAP, que não continuou a relação com a AF, os voos para Bordéus foram cancelados em 2009 e apenas a Transavia se manteve.
À partida de Paris, o Porto era com grande diferença o principal destino europeu onde a Air France não estava presente. Com um volume superior a 1.2 milhões de passageiros ponto-a-ponto e uma procura por destinos em ligação também superior a 1 milhão de passageiros anuais, a companhia deve conseguir comercializar estes voos com sucesso e sem grande esforço. Na componente ponto-a-ponto acresce a experiência e presença da Transavia, que com até 5 voos diários é líder de mercado, enquanto na componente de ligações contará com o apoio dos 2 diários da KLM/Transavia para o hub de Amesterdão.
Com uma previsão de cerca de 750.000 passageiros em 2016, através da Transavia, o Grupo AF-KLM é já um dos principais players do Francisco Sá Carneiro, apenas atrás da Ryanair, TAP e easyJet. Com as chegadas anunciadas da Air France e KLM, bem como pelos aumentos anunciados pela Transavia, o Grupo deverá ser capaz de superar a barreira do milhão de passageiros anuais de e para o Porto em 2017 e continuar a afirmar-se como uma das grandes forças do aeroporto.
A companhia holandesa KLM anunciou hoje que vai regressar ao aeroporto Francisco Sá Carneiro com voos próprios, introduzindo uma frequência diária a partir do próximo dia 15 de Maio. Os voos estão programados com equipamento Boeing 737-700 de 142 lugares.
Apesar de ter terminado operações de passageiros em equipamento próprio para o AFSC no ano 2000, a companhia holandesa foi mantendo alguma presença nos anos seguintes: operou uma linha regular com a sua filial de Carga, em equipamento Boeing 747 Freighter, introduziu um codeshare com a antiga Portugália (antes de ser adquirida pela TAP), que voava 2x por dia para Amesterdão e partilhava a operação da Air France para Paris Charles de Gaulle. Mais recentemente, com a entrada da Transavia na rota Porto-Amesterdão, a companhia voltou a comercializar ligações via Amesterdão através do código KL presente nestes voos.
Os horários dos novos voos complementam quase perfeitamente a oferta da Transavia, também com voo diário mas ao final do dia, resultando numa oferta mais completa e mais competitiva. Ainda assim, esta oferta conjunta ainda está significativamente atrás da oferecida pela concorrência, pelo que a curto prazo são de esperar propostas agressivas a nível de preço para compensar os maiores tempos de escala, enquanto a médio prazo aumentos de frequência serão o objectivo.
Boeing 767-300ER da KLM, em operação regular no AFSC. Foto tirada por Luís Gonçalves
A Monarch anunciou uma 3ª rota a partir do Porto no próximo ano: Birmingham. A ligação terá 3 frequências semanais (3ªf, 6ªf e Domingos) e será operada com um misto de equipamento Airbus 320 de 178 lugares e Airbus 321 de 214 lugares. Depois de Londres e de Manchester, Birmingham é um dos 3 grandes fortes da Monarch, sendo habitual a companhia iniciar operações num aeroporto com voos à partida destas três bases.
A companhia britânica encontrará a concorrência da Ryanair, que anunciou em Setembro deste ano a sua intenção de explorar a rota a partir de Março de 2017, com duas frequências semanais (4ªf e Domingos). Isto significa que a rota Porto-Birmingham passará de 0 voos em S16 a 5 voos semanais em S17, operados em 4 dias da semana diferentes e com voos duplos aos Domingos, já que os horários de ambas companhias não se sobrepõem.
No total, entre as rotas de Birmingham, Londres e Manchester, a Monarch vai-se estrear no aeroporto Francisco Sá Carneiro com 9 voos por semana e aproximadamente 3.500 lugares por semana, o que lhe deverá permitir transportar uns 80.000 passageiros de/para o Porto na próxima temporada de Verão.
No próximo Verão, também no Porto será possível ver 3 A321 da Monarch em simultâneo. Foto tirada por PRM
Nota: A Aer Lingus anunciou em Fevereiro deste ano que já não iria voar para o Porto em S17. O artigo mantém-se aqui na página apenas para referencia, mas os voos não se irão efetuar.
A companhia irlandesa Aer Lingus anunciou hoje que vai começar a voar entre Dublin e o Porto a partir do dia 26 de Março. A ligação está programada com 3 frequências semanais (4ªf, 6ªf e Domingos) operadas com equipamento Airbus 320 de 174 lugares.
A Aer Lingus é uma companhia de rede especializada no tráfego transatlântico, principalmente entre a Europa e os EUA, mas que consegue simultaneamente manter uma operação europeia muito direccionada para o passageiro ponto-a-ponto. Neste sentido, é fácil observar como os horários introduzidos na rota do Porto estão especialmente desenhados para maximizar as ligações intercontinentais (chegadas a Dublin cerca das 5h / 6h da manhã, partidas entre as 14h e as 16h), sem esquecer o ponto-a-ponto, nomeadamente o passageiro de short-break.
Dublin é uma rota servida directamente há aproximadamente 10 anos pela Ryanair, no entanto, os tradicionais 2 voos semanais sazonais há muito não chegavam para a procura. Este ano a low-cost respondeu e introduziu um 3º voo semanal durante o Verão e prolongou a ligação à temporada de Inverno, o que ainda assim se mostrou insuficiente face à procura. Em 2017, com a entrada da Aer Lingus, a rota ganha finalmente espaço, sendo de esperar uma boa resposta do lado da procura.
Airbus 320 da Aer Lingus no Porto. Foto tirada por Adelino Oliveira
Ficou adiada a conferencia de imprensa de Michael O’Leary no Porto, mas não as novidades (ou parte delas pelo menos). Desta vez trata-se de dois regressos, Birmingham e Nuremberga, ambas operadas pela Ryanair no passado.
Birmingham têm inicio a 26 de Março e contará com 2 frequências semanais (4ªf e Domingos). A rota já foi operada no passado por 2 companhias diferentes, primeiro pela Ryanair, entre Junho 2008 e Outubro 2010, e mais tarde pela FlyBe, entre Abril 2014 e Março 2015.
Por sua vez, os voos para Nuremberga têm inicio a 28 de Março e também serão operados 2 vezes por semana (3ªf e Sábados). A Ryanair explorou a rota durante 12 meses, entre Abril 2013 e Março 2014, também com 2 frequências semanais.
O acentuado crescimento do AFSC nos últimos anos, a maior maturidade dos mercados Porto-Reino Unido e Porto-Alemanha, aliada à baixa dos preços dos combustíveis, dá mais confiança para rotas que como estas não funcionaram no passado. Por outro lado, continuaremos à espera de nova data para a conferencia de imprensa com Michael O’Leary, onde seguramente se dará uma visão geral da operação de/para o Porto em S17 e quais as perspectivas da companhia para o aeroporto para os próximos anos.
A menos de 1 mês e meio do lançamento da rota Porto-Varsóvia Modlin, a Ryanair anuncia uma 2ª rota entre o Porto e a Polónia: Cracóvia. Os voos têm inicio a 27 de Março do próximo ano e serão efetuados 2 vezes por semana (2ªf e 6ªf). O tempo de voo programado é de 3h35min.
Para além de ser a segunda maior cidade polaca, Cracóvia é o centro turístico do país e um dos principais centros económicos. Graças as boas ligações terrestres, permite ainda boas ligações a praticamente todo o sul da Polónia, mas também a partes da República Checa e da Eslováquia, zonas em grande crescimento económico.
No total, entre esta rota e os voos programados para Varsóvia pela Ryanair e pela Wizzair, estão neste momento à venda 6 voos por semana entre o Porto e a Polónia. Um salto extraordinário para um mercado que apenas há uns meses é servido diretamente, e que pela distancia geográfica implica sempre um maior risco para as companhias aéreas comparativamente a outros mercados como o Francês ou o Alemão. Por outro lado, a Polónia é dos mercados aéreos europeus com maiores taxas de crescimento, e um dos que mais expectativas cria nas companhias. Que o Porto consiga ter já uma presença significativa é uma excelente base para aproveitar esse crescimento a médio e longo prazo.
A Monarch é a próxima adição à lista de companhias do aeroporto do Porto, com 2 rotas: Londres (Luton) e Manchester. Os voos para a capital britânica têm inicio a 29 de Abril 2017, enquanto os voos para Manchester iniciam um dia antes, a 28 de Abril. Ambas rotas terão 3 frequências semanais e serão operadas por equipamento Airbus 320, configurado com 174 lugares, e Airbus 321, configurado com 214 lugares.
Historicamente uma transportadora charter, a Monarch é hoje uma companhia quase exclusivamente regular. O núcleo duro do negócio continua a ser a rede de agências de viagens no Reino Unido e a venda de pacotes fechados para destinos de sol e praia no Sul da Europa e Norte de África, no entanto, a instabilidade sentida em alguns países como Egipto, Tunísia ou Turquia tem causado muitos problemas à empresa e obrigado a alguma realocação de capacidade. Foi isto que motivou um regresso, ainda que muito tímido, da Monarch aos city breaks, que por sua vez permitiu a sua chegada ao Porto.
Tanto para Luton como para Manchester, a Monarch vai encontrar a concorrência direta da easyJet. A companhia laranja ainda não divulgou quais serão os horários ou as frequências destas duas rotas para o próximo verão (S17), mas provavelmente não serão tão feitos à medida do passageiros de estadias curtas como os da Monarch. Por outro lado, a easyJet terá do seu lado uma base de custos mais baixa e alguma experiência no mercado. Ambas convivem habitualmente em muitas outras rotas (só em Portugal, a easyJet voa 5 das 11 rotas da Monarch), portanto é de esperar que o mesmo aconteça no AFSC.