Air France regressa ao Porto 8 anos depois

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A Air France anunciou hoje que vai recuperar a ligação entre o Porto e o seu hub de Paris Charles de Gaulle, com 3 frequências semanais em equipamento Airbus 32S a partir de 28 de Março de 2017. A última vez que a companhia francesa explorou esta ligação foi em 2006, com uma oferta que oscilava entre 2 e 3 voos diários, também com equipamento Airbus 32S. Esse ano, a ligação a CDG ficou por conta dos 4 diários da Portugalia, enquanto a Air France manteve os voos para Bordéus e introduziu a recém-criada Transavia France a partir do aeroporto de Orly, naquela que foi a 1ª rota da companhia. Mais tarde, a Portugalia foi adquirida pela TAP, que não continuou a relação com a AF, os voos para Bordéus foram cancelados em 2009 e apenas a Transavia se manteve.

À partida de Paris, o Porto era com grande diferença o principal destino europeu onde a Air France não estava presente. Com um volume superior a 1.2 milhões de passageiros ponto-a-ponto e uma procura por destinos em ligação também superior a 1 milhão de passageiros anuais, a companhia deve conseguir comercializar estes voos com sucesso e sem grande esforço. Na componente ponto-a-ponto acresce a experiência e presença da Transavia, que com até 5 voos diários é líder de mercado, enquanto na componente de ligações contará com o apoio dos 2 diários da KLM/Transavia para o hub de Amesterdão.

Com uma previsão de cerca de 750.000 passageiros em 2016, através da Transavia, o Grupo AF-KLM é já um dos principais players do Francisco Sá Carneiro, apenas atrás da Ryanair, TAP e easyJet. Com as chegadas anunciadas da Air France e KLM, bem como pelos aumentos anunciados pela Transavia, o Grupo deverá ser capaz de superar a barreira do milhão de passageiros anuais de e para o Porto em 2017 e continuar a afirmar-se como uma das grandes forças do aeroporto.

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Foto tirada por Marco M.
Porto – Paris Charles de Gaulle (Air France)
De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
28 Mar. – 2 – 4 – – – 18:00 21:15 AF 1529 Airbus 320
01 Abr. – – – – – 6 – 18:40 21:55 AF 1529 Airbus 320
Paris Charles de Gaulle – Porto (Air France)
De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
28 Mar. – 2 – 4 – – – 14:35 15:50 AF 1528 Airbus 320
01 Abr. – – – – – 6 – 16:30 17:45 AF 1528 Airbus 320

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37 opiniões sobre “Air France regressa ao Porto 8 anos depois”

  1. Boa noite, é possível acrescentar neste artigo alguma informação sobre as operações da Joon? pelo que percebi, irá substituir a AF em LIS e OPO; será possível confirmar tb os novos horários de inverno? obrigado

    1. Os horários da Joon são exatamente os mesmos que estavam planeados para a AF:

      AF1528 07:20 CDG OPO 08:35
      AF1529 09:25 OPO CDG 12:35

      As frequencias também são as mesmas: 3ªf, 5ªf, e Sábados

    2. é mais pela “perda” duma companhia de bandeira por uma low cost. Tudo no fundo continua igual, menos o prestígio, não sei se me faço entender

    3. Não sei se será uma perda, só os aviões vão mudar de apresentação! e LIS, BCN e Berlim vão perder a AF também, para já… o único ponto negativo são os horários, 3x/semana ao princípio da manhã é muito pouco

    4. A Air France é uma confusão de marcas… já alguém as contou todas? Não entendo bem a utilidade.. achava que a Hop! já era para dar a tal imagem nova e novo milénio que dizem agora que a Joon vai dar…

    5. A Joon é uma marca comercial da Air France, e a Air France é uma companhia tradicional. A nível de “prestigio” é a mesma coisa.

      A Hop é mais ou menos a mesma coisa, só que a Hop foi creada para agrupar sob uma única marca as várias empresas regionais que prestam serviço para a Air France.

  2. Boa noite,
    A propósito desta notícia o Pete351 (acho eu que foi ele…) pôs há algumas semanas uma actualização para S17 com alguns (já…) voos extra CDGOPO… alguém me podia confirmar de que dia/mês até dia/mès vão funcionar?
    Obrigado

  3. Finalement… soyez les bienvenus! Agora sim, temos um aeroporto mais ‘compostinho’!! só 3xw é que é pouco, vamos esperar para ver! só falta a Emirates… e a cereja em cima de um bolo, já de si a inchar, era uma americana!

    1. O céu e a terra não se fizeram num dia e o nosso aeroporto tb não…

      Mas vamos lá chegar!!! E espero que mais breve do que aquilo que sonhamos.
      Mas para isso será importante passarmos para o Grupo II de aeroportos. Seremos vistos de outra forma.

      Mas como fala aqui o Pete num comentário seria interessante ainda captar mais algumas companhias europeias antes dos “grandes voos”, para já só nos falta recuperar a Alitalia.

    2. A Emirates, se tudo correr bem, a seu tempo também virá (diria que lá para o final da década). Mas até esse dia ainda há muita coisa que se pode fazer a nível de voos para transferências:
      – Aer Lingus: de 3xw até diário tem margem;
      – Air Europa: continua a usar os E145, apesar de já ter dito que pretende meter um avião maior;
      – Air France: de 3xw até 3 ou 4 diários, ainda tem muito para crescer;
      – BA: pode recuperar LHR e mais frequências para LGW;
      – KLM: podia passar a 2 diários + 1 ou 2 da Transavia;
      – Eurowings: podia melhorar DUS, bem como voar para VIE e alimentar a Austrian com voo diário;
      – Iberia: ainda não tem um voo noturno e as frequências continuam a ser todas operadas pela Air Nostrum;
      – Lufthansa: podia ter um 2º diário para MUC ou 4º diário para FRA;
      – Swiss: podia ter diário para ZRH;
      – TAAG: se o bilateral permitisse, LAD dava para 6/7xw com as ligações;
      – Turkish: podia meter um 2º diário;
      – Vueling: BCN dava para 2 ou 3 diários, preferencialmente com avião a dormir no Porto.

      Em contas simples, seria duplicar o que existe. É coisa para muitos anos.

    3. Pete, gostei da tua esplanação, sem contar com rotas há mt esperadas, estilo Nice, Veneza, Bilbau, Sevilha, Oslo, pelos menos esta 5 é mesmo muito estranho ainda não estarem operacionais.

    4. A TAP no final da década só vai ter 1 rota no Porto, da mesma maneira que terá a AF, BA, KLM, TK, LH, EK, etc…

      A opção da TAP (acreditando que um dia será totalmente privada e não este disparate que o Costa inventou) faz sentido… mas é arriscada, pois vai competir com companhias muito maiores… Veremos o que lhe acontecerá com o seu hub de Lisboa.

    5. Há espaço no Porto para voos intercontinentais. Uma boa rede TAP Express no Porto pode alimentar quer o ponto quer as ligações.
      Claro que nunca terão no Porto a mesma presença do que em Lisboa.
      Mas ter apenas a ponte aérea como serviço no Porto acho que seria mau para eles.
      Ainda para mais com o crescimento do aeroporto…
      Para S17 até já aumentaram as frequências para certas rotas. Teremos melhor percepção quando começarem a receber aviões novos para o Verão de 2018.

    6. zoficial, estava só a falar a nível de transferências. Em ponto-a-ponto obviamente há muitas outras opções.

      Filipe, a TAP com a ponte aérea já tem o seu hub bem servido. Mas do que ajustes pontuais, não vejo como possam crescer.

      João, a TAP pode efetivamente optar por centralizar tudo em LIS, mas desde a privatização ainda não vimos nenhum sinal nesse sentido. Sim, fecharam umas rotas, mas das que ficaram praticamente todas foram melhoradas. Por outro lado, não é verdade que a AF-KLM / BA-IB-VY-EI / LH-SN-LX-OS só tenham um hub, um por marca como muito mas não por empresa. A TAP, se quer ser alguém precisa de escala, e para ter escala LIS não chega. Além disso, a sua presença no Porto de certa forma bloqueia a concorrência. Imaginemos que a TAP abandona totalmente o Porto e no ano seguinte uma Norwegian monta uma base com voos para os EUA, alimentada pela Ryanair, e a LATAM mete um voo diário para o Brasil. Havia de ser bonito.

    7. Exacto, a TAP com a sua operação no Porto tem mais escala e acima de tudo impede que outros se possam estabelecer como companhia dominante no longo curso.

      Agora veremos é se a TAP irá querer crescer no Porto ou apenas bloquear.

    8. Nem vale muito a pena pensar na Alitalia. Importante é ter uma operação forte para Itália, que continua a estar mal servida a partir do Porto.

  4. Tenho medo destas frequências. Quando a BA (re)entrou no AFSC com voos para LHR também entraram com poucas frequências e acabaram por desistir da rota (em favor de LGW). Espero que o mesmo não aconteça com a AF. De qualquer das formas isto são excelentes notícias.

    1. O problema com o LHR da BA foi eles não terem aumentado logo no 2º ano, porque os resultados foram melhores do que estava estabelecido para crescer. A partir daí, o melhor foi mandar para LGW.

      Felizmente, nem CDG nem AMS tem as restrições de LHR, portanto as probabilidades de uma situação dessas se repetir são baixas.

    2. Uma boa resposta a esta entrada da KLM/AF poderá ajudar a que a Delta também voe para cá

    3. A concorrência é a TAP, e principalmente as JV da Iberia-BA-American Airlines (e Aer Lingus brevemente) e da Lufthansa-Brussels-Swiss-United-Air Canada.

    4. O mercado mede-se sempre em passageiros diretos e indiretos, principalmente em longo curso. Por exemplo, os diretos da TAP não chegam a 20% do mercado Porto-America do Norte, que é uma quota importante mas que não é minimamente representativa do mercado total.

  5. Finalmente de volta!!! Que ótima notícia! Já era de estranhar eles não aparecem mas mais vale tarde que nunca! Espero que tenham muito sucesso no Porto

    1. É verdade, sem dúvida uma grande noticia que estava na cabeça de todos logo quando vimos os slots. Agora o desafio vai ser trabalhar (e muito) as frequências.

      Das grandes europeias que voavam para o Porto quando começou o projecto de ampliação da aerogare, só a Alitalia não regressou/anunciou o seu regresso. Quem sabe, quando tiverem a casa em ordem.

    2. É uma entrada boa, um regresso há muito esperadom numa operação mais do que segura em P2P, mas que poderá ser muito mais agressiva com alavanca do hub deles. Vamos ver como posicionam a oferta comercial.

      Vamos ver como coordenam com a KLM.

      O horário é bom para o longo curso nocturno.

      Sejam muito bem vindos!

      Tal como esperado, conseguimos provar o potencial do AFSC, da região e ao contrário do esperado pelos arautos da desgraça o “aeroporto das lowcost” acaba por recuperar a reboque das tais lowcost as companhias de bandeira que havia perdido.

    3. Pete qual a explicação para todas estas companhias de bandeira tenham abandonado o Porto há cerca de 10 anos atrás? A AF deve ter sido devido à criação da Transavia… e as outras?

    4. Depende. A AF e a KLM tinham a Portugalia a voar com 3 ou 4 diários para CDG e outros 2 diários para AMS, não precisavam de mais. No caso da AF, aproveitaram para deixar a rota para a Transavia, que no inicio precisava de uma rota forte. A BA, por exemplo, deixou o Porto quando vendeu a GB Airways (que era quem operava os voos para o Porto) à easyJet. A Swiss abandonou quando a antiga Swissair faliu.

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