A Ryanair prepara-se para reduzir a sua capacidade nas rotas espanholas e italianas que opera no Francisco Sá Carneiro durante a próxima temporada de inverno (W12).
O mercado mais afectado será o espanhol, com menos 4.000 lugares semanais (-28%). Das 4 rotas para Espanha que a Ryanair operou na temporada de inverno 2011 (W11), 3 vão sofrer cortes de frequencias e 1 não será operada. Quase metade desta fatia corresponde à ligação com a capital espanhola, Madrid, que perde 5 frequencias semanais, seguindo-se Barcelona com menos 3 e Valência com menos 1. A rota de Tenerife (Sul), à semelhança do que aconteceu no ano passado com a de Las Palmas, não será operada durante a próxima temporada.
A low-cost irlandesa responsabiliza as subidas das taxas nos aeroportos da rede AENA, principalmente em Madrid e Barcelona, e o desacordo com o Governo Canário, no caso da ligação com Tenerife, pelos cortes nas rotas com o país vizinho. No entanto, e embora estes argumentos também tenham contribuido, a degradação das condições macroeconómicas, o desempenho destas ligações no passado e a previsível quebra de receitas foram fundamentais na hora de decidir os cortes. Estas condições também se verificam no mercado italiano e estão na base dos cortes no mesmo.

No caso do Porto, é notória a intenção de transferir a capacidade atribuída aos mercados espanhol e italiano para outros mais sólidos como o francês e o alemão, que por contarem com uma maior proporção de tráfego emissor e de negócios, ambos em crescimento, resistem muito bem aos efeitos da crise. Por isso mesmo, a Ryanair prevê continuar a operar a recém-inaugurada ligação com Dole, voltar a operar Bremen no inverno e reforçar rotas como Tours e Bruxelas (Charleroi).