Air Canada é a senhora que se segue no mercado Norte-americano

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A Air Canada anunciou hoje a incorporação do Porto na sua rede de destinos diretos a partir de Toronto, utilizando a sua marca comercial Rouge. A ligação está prevista como sazonal, entre Junho e Outubro de 2017, com 3 frequências semanais (2ªf, 5ªf, Sab. a partir do Porto, 2ªf, 6ªf e Dom. a partir de Toronto) operadas em equipamento Boeing 767-300ER configurado com 282 lugares, dos quais 24 em classe premium e 258 em económica.

Toronto é já uma das rotas históricas do aeroporto, no entanto, foi quase sempre operada com poucas frequências e principalmente com poucas possibilidades de ligação após Toronto. A Air Transat, atual lider neste mercado, começou a explorar esse potencial há pouco tempo, ainda assim, com uma presença incomparável à que terá a Air Canada. A Azores Airlines, que também explora a ligação de forma direta, tem um acordo com a WestJet para esse efeito, mas com apenas 1 voo por semana resulta pouco atrativo. No total, em 2018, e caso não hajam mais alterações à programação, Porto-Toronto terá até 7 frequências semanais, Porto-Canadá até 9 voos diretos por semana e Porto-América do Norte até uns respeitáveis 18 voos semanais (quase 3 diários).

Tal como a United, a Air Canada faz parte da JV transatlântica A++, pelo que estes voos refletem um esforço comum de reforço da operação no Porto, que para além dos voos diretos destas duas companhias engloba ainda a extensa operação do Grupo Lufthansa no AFSC.

A maior companhia canadiana opera em Portugal exclusivamente com a marca Rouge, tendo iniciado o seu percurso em 2014 com voos entre Toronto e Lisboa com 3 frequências semanais. No ano passado essa operação atingiu este ano o voo diário, e para 2018 crescerá com a chegada ao Porto e o aumento da operação em Lisboa para incluir Montreal, o que dá algumas pistas de qual será a estratégia a adoptar para o Francisco Sá Carneiro no futuro.

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Boeing 767-300ER da Air Canada Rouge. Foto tirada por Adelino Oliveira
Porto – Toronto (Air Canada Rouge)
De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
09 Jun. 27 Out. 1 – – 4 – 6 – 12:20 15:20 AC 1959 Boeing 76W
Toronto – Porto (Air Canada Rouge)
De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
08 Jun. 26 Out. 1 – – – 5 – 7 22:50 10:50 (+1) AC 1958 Boeing 76W

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29 opiniões sobre “Air Canada é a senhora que se segue no mercado Norte-americano”

  1. Atualização 01 Março

    Reajuste à operação com redução de um voo semanal (terças), para um total de 3 voos semanais tal como já tinham reduzido para o mês de Outubro.

    1. Não é um grande sinal, se calhar notam alguma sobrecapacidade a nível de ligações, nomeadamente com a entrada da United e os reforços da Iberia e KLM. Também pode ser uma decisão ao nível da JV para proteger os voos da United e do Grupo LH.

      Ainda assim, em Lisboa também começaram com 3xw e agora é diário.

  2. Só espero que o Porto consiga gerir bem o aumento de passageiros de fora de Schengen. As filas em Lisboa começam a ganhar uma muito má fama net fora… malta que esperou mais de uma hora para passar o controlo e assim (e não me venham dizer que é por o terminal ser velho…)

    1. Para já não deve ser problemático. Dificilmente chegam dois ou mais voos fora do espaço Schengen ao mesmo tempo. Em Lisboa entope porque ao início da manhã chegam um monte deles.

  3. Está uma discussão interessante aqui mas não fica fácil para responder. Vou tentar resumir num só comentário.

    Sobre a questão das ligações no Porto, como já discutimos várias vezes, o que me parece mais viavel é a Ryanair fazer ligações entre os seus voos. A partir daí, se houver vontade e estrutura por parte da TAP, seria possivel utilizar essa rede para alimentar esse longo curso, provavelmente com A32S NEO, numa lógica de soma de segmentos (por exemplo, o preço de um Eindhoven-Porto-Nova Iorque seria o do Eindhoven-Porto + Porto-Nova Iorque, e não o de um Eindhoven-Nova Iorque que é o que fazem as companhias de rede tradicionais). Através de code-share, essa estrutura consegue usar os voos de outras companhias da Star Alliance, como estes da Air Canada, mas estamos a falar sempre de percentagens pequenos de passageiros. O grosso será sempre de passageiros que fazem ligações será sempre Porto-hub-Destino.

    Relativamente à importancia da Norwegian e a uma eventual base, convém lembrar que para além do longo curso a Norwegian é uma das maiores low-cost europeias com uma operação europeia estremamente eficiente, e portanto, pode operar bastantes rotas da mesma forma que uma Ryanair/easyJet/Transavia podem. No longo curso, o forte é o facto de eles estarem dispostos a faze-lo com recurso a B737MAX e A32SNEO, o que daria flexibilidade adicional a uma eventual base no Porto, que é dos destinos europeus mais próximos dos EUA.

    Quanto a termos dias com 2 voos para Toronto, havendo mais que 1 operador isso é perfeitamente normal, e sim, há espaço.

  4. Pelo que percebo às 2fs teremos dois voos para YYZ, AC e TS, não será demasiado?

  5. A Norwegian ainda nem chegou, já há quem fale em potencial hub???!! Sonhar não custa, mas vamos com calma, precisamos de ligações com Oslo e Estocolmo, seria excelente ter essas 2 rotas em 2018, ainda conto com a Emirates e alguma novidade da Easyjet.

  6. Que notícia excepcional. O “aeroportozinho regional sem massa crítica para ter mais do que ligações a um ou dois hubs e uns quantos voos lowcost” continua a dar provas de vitalidade.

    Lá por Lisboa, deve haver muita gente a olhar para o google maps…

    1. Parabéns ao AFSC! Não estava a contar com esta rota sazonal, mas é completamente bem-vinda e a fazer sentido! Sata, Air Transat e Rouge a ligarem-nos diretamente a Toronto. Espero que não se use a ponte aérea, via LIS, para este destino (nem para qualquer outro…)
      E ao contrário da Portela, pelo menos, não estamos dependentes de uma única companhia (TAP), com mais de 50% do tráfego. Mas também percebo que se a TAP tiver que abrandar, muitas companhias aéreas iriam para Lisboa num ápice..
      Ainda sonho com Norwegian ou Emirates para o verão 2018… Ainda sonho….

    2. Norwegian, não percebo muito o que trará de especial… mais ligações lowcost intra-europeias e até espero que sim mas não estou a ver a grande vantagem.
      Já a emirates sim por ligar com o seu hub mundial, seria uma boa noticia para o tráfego para o oriente.

    3. A Norwegian só se fosse para gatwick já que a muita gente deve fazer espécie fazer escala em duas low costs depois de tantos anos de escalas desprotegidas.
      E voos para a Escandinávia também não era mau. Copenhaga é poucochinho..

      A Emirates era bom era. Veremos.

    4. A Norwegian, a não ser que a SAS se chegue à frente, é a maior e talvez única esperança de uma expansão no norte da Europa, para a Dinamarca, Suécia e Noruega.

      Para além disso, e tendo em conta o perfil do passageiro português, que não gera tanto tráfego em executiva como outros países europeus, e a localização de Portugal no mundo, o Porto pode, a médio prazo, ser uma interessantíssima hipótese para uma base longo curso da Norwegian.

    5. bem se a compra da Monarch for para a Norwegian ja a vamos ter… mas o mais provável é que vá para a easyjet… base intercontinental da Norwegian no Porto duvido mas rapidamente nos ligam com Barcelona.

    6. A Norwegian é importante como outra companhia é!
      Cria mais diversidade de oferta e melhora a nossa rede intra europeia. O que é sempre melhor,ter uma rede europeia maior

    7. Nuno, até podes ter razão mas repara:

      – no Porto não há concorrência;
      – os salários no Porto são mais baixos do que na Catalunha

      Mas não vale a pena estarmos a especular.

    8. Ainda iremos
      ter aqui no Porto, uma HUB da Norwegian, a voar para os EUA !. Vai uma aposta ?!.

    9. A fazer concorrência com a TAP? Tenho dulvidas, com todos os defeitos da TAP a empresa não terá a estrutura de custos mais elevada logo a Norwegen terá uma vantagem competitiva reduzida. O aeroporto não terá dimensão adequada IMO. Para alem disso economicamente a norwegen não anda assim tão bem…
      Claro que era fantástico…mas… Tenho algumas dulvidas…

  7. Que grande noticia! Outra grande companhia a chegar ao AFSC
    Com estas últimas noticias a aposta no mercado norte americano aumenta consideravelmente. Incrivel!

    Agora só faltam mais umas noticias de aumento de frequências e novas rotas na Europa para continuar a melhorar a nossa malha de rotas europeia

  8. Muito dificilmente, implicaria uma empresa disposta a investir nisso de um hub no porto, sendo que isso dos hubs já não é bem o que era, com cada vez mais ligações directas entre aeroportos de segunda linha. Num futuro poderiam os aeroportos do tipo do porto criar uma aliança de autoligações e disponibilizando estas nos motores de busca de voos independentemente das companhias aéreas… Mas não sei se tal seria do interce económico das companhias donas destes…

    Agora empresas a servir o porto para fazer ligações para outros não vejo fácil, talvez a Ryanair se alguma empresa quiser fazer esse pacto com eles…. Mas ta difícil…

  9. Com tanta ligação da Star Alliance não fará ainda mais sentido uma maior rede de ligação a cidades “médias” europeias?
    Pela TAP Express por exemplo.

    1. Não para a TAP. Vamos la deixar a TAP em paz, eles que tratem da sua vida que passem a dar lucro e se quiserem operar no porto óptimo se não também não tem WW problema, desde que sejam lucrativos e o erário público não seja chamado a cobrir a diferença….

    2. Dei a TAP Express como exemplo. Mas haveria outra companhia que tivesse essa capacidade? É que teria que implicar uma base.

    3. Nuno eu percebo o que tu dizes. A mim parecem-me existir 3 candidatos a isso, ryanair, easyjet e TAP Express.

      A primeira já tem alguns acordos de longo curso. E a easyjet já o faz em gatwick com a Norwegian.

      A TAP Express é mesmo por fazer parte da mesma aliança o que facilitaria nos code share e ligações.
      Claro que teria que haver um reforço de meios no Porto por parte deles mas começa a fazer ainda mais sentido que assim seja. E se calhar bastava que o fizessem com os E190 ou mesmo com os ATR.
      Certas rotas em Espanha e mesmo em França poderiam ser servidas a pensar não só no ponto a ponto mas também na ligação.
      Por exemplo Bilbao, que tantas vezes por aqui já se pediu. Não tem voos nem para o Canadá nem para os USA, nem para o Brasil. E para o ponto a ponto a ligação industrial daquela zona com a zona norte é forte.

      P.S. – existirá code share com a TAP nesta ligação?

      P.S. 2 – à uns tempos havia aqui gente a clamar que Bilbao era bem mais competitivo que o Porto. Ao escrever o de cima reparei que fora da Europa tem apenas Casablanca e Istambul se assim o quiserem considerar.

  10. A importância das coisas correrem bem em Lisboa é esta: convida a expandir para o Porto. Já quando a coisa corre menos bem não convida a expandir.

    Já várias vezes tínhamos falado na Air Canada e no potencial da rota de Toronto. Juntamente com o diário para Nova Iorque era a peça que faltava para termos uma base sólida na América do Norte. Esperemos que consiga chegar ao diário rapidamente e possamos estar bem posicionados para aproveitar o crescimento de Montreal para grande hub transatlântico.

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