Ryanair entra na rota de Ponta Delgada já em 2015

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A Ryanair anunciou ontem a abertura de uma base operativa no aeroporto de Ponta Delgada, e com ela voos entre o Porto e a ilha de São Miguel. Serão 6 frequências semanais, com voos todos os dias da semana menos aos Sábados, com inicio no dia 1 de Abril de 2015. O número de lugares disponibilizado será equivalente ao que a SATA tem disponibilizado na mesma rota nos últimos anos, o que antecipa uma entrada em força e que permitirá levar até aos Açores tarifas de mercado e sem penalização por sentido.

A entrada de companhias low-cost no mercado Continente-Açores já era antecipada há bastante tempo, estando apenas impedidas pelas famosas Obrigações de Serviço Público em vigor actualmente. O mercado, com volume de passageiros, sem concorrência real e dominado por um player pequeno, é interessante para estas companhias. Por enquanto a Ryanair é a primeira a avançar com uma rota entre o arquipélago e o Norte de Portugal.

Ponta Delgada será a terceira rota doméstica da companhia irlandesa no Porto, depois da abertura de Faro e entrada na rota de Lisboa. Actualmente a SATA é a única companhia definida nas obrigações de serviço público para operar a ligação, tendo transportado nos 10 primeiros meses deste ano 81.164 passageiros nesse corredor, mais 7% que em igual período do ano passado.

Boeing 737 da Ryanair. Foto tirada por Roberto Bianchi

Porto – Ponta Delgada (Ryanair)

De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
01 Abr. – – – – 1 2 3 4 5 – 7 15:20 16:40 FR 2633 Boeing 738

Ponta Delgada – Porto (Ryanair)

De A Frequência Partida Chegada Nº voo Equipamento
01 Abr. – – – – 1 2 3 4 5 – 7 11:45 14:55 FR 2632 Boeing 738

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17 opiniões sobre “Ryanair entra na rota de Ponta Delgada já em 2015”

    1. Não sabia que iam voltar a fazer wetlease de um B757. Mas repara que não é para fazer voos intercontinentais, é para acrescentar capacidade no pico do verão a partir de Londres.

  1. O O’Leary há anos que fala em voos para os EUA, será que agora com uma base em PDL não se sentirá tentado a lançar PDL-Boston ou Nova Iorque?

    1. Voos para os Estados Unidos, mas não nos moldes da operação europeia. Só porque PDL está perto, não quer dizer que faça sentido para eles. Pode fazer sentido para uma low-cost americana tipo JetBlue, principalmente quando receberem os NEO.

    2. Sim, eu sei que o O’Leary sempre falou numa nova companhia para voar para a América, eventualmente pegando na Aer Lingus, só que nunca o deixaram pegar nela. Pelo que esse “sonho” parece ainda longínquo e entretanto a concorrência para essa eventual companhia começa a aparecer (Norwegian e outras low-cost já voam). Voos de PDL seriam agora muito fáceis de lançar, e só a comunidade açoriana era bem capaz de justificar p.ex. um voo semanal para Rode Island, rota inexistente neste momento.

    3. Outra dúvida Pete, porquê uma base em PDL se voos para os EUA estivessem totalmente fora de hipótese? Não seria mais simples lançar voos de bases existentes? Até porque todas as rotas anunciadas partem de outras bases. É certo que a Ryanair adora multiplicar bases, mas esta de PDL será de longe a mais remota agora.. o que é pouco eficiente.

    4. Miguelito, a Aer Lingus era uma maneira mas já depois de ser uma hipótese fora de questão o tema de uma segunda marca Ryanair para o longo curso manteve-se.

      Avançar desde PDL não é assim tão fácil. Precisavam de ter aviões com ETOPS 120 minutos, tripulações especiais, aviões provavelmente menos densos, criar marca nos Estados Unidos…, tudo coisas que custam muito dinheiro e que precisam de economias de escala para funcionar. Se fosse fácil já o estavam a fazer desde Dublin. Por isso é que eu disse que para uma companhia americana seria mais interessante, porque eles não tem nenhum desses problemas.

      A base em PDL serve para ter voos à 1ª e última hora para Lisboa, além de aproveitar os baixos custos laborais e a diferença horária.

    5. Mas eu tinha a impressão que um voo de PDL para p.ex. Rhode Island não seria mais longo que um Billund-Canárias, que a Ryanair já operou. Acreditava que a logística seria semelhante, e nesse caso perfeitamente possível sem uma alteração dos procedimentos atuais. Se não é assim pois então não será, pena. Tenho a certeza que muita gente se sentiria atraída por essa viagem em salta-pocinhas para a América, muitas vezes via Porto.

      Em relação aos custos de publicidade não creio que seria um problema, a Ryanair investe sempre muito pouco e está sempre a entrar em novos mercados. Pelo contrário, uma simples rota de emigração dos Açores asseguraria muita publicidade grátis na América. É afinal a maior companhia europeia em nº de passageiros, e um grande nome da aviação mundial, um simples voo para um aeroporto esquecido em Rhode Island valeria milhões em notícias grátis.

    6. É óbvio que nem Ryanair, nem Easyjet vão perder a oportunidade de voar para os EUA a partir. Esta questão dos aviões não entendo. A Easyjet opera também com B757ER. Aliás há muitos anos que a Ryanair discute com Providence sobre voos da Europa.

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